Primeiras impressões - Roberto Valentim

Renault Logan Privilége 1.6 8v

Rodei até agora 740Km com o carro (sendo uns 500Km em estrada), e minhas primeiras impressões são altamente positivas.

O conjunto mecânico se mostrou bem afinado, com um motor muito esperto (mesmo com o ar condicionado ligado), proporcionando boas retomadas e ultrapassagens seguras.
Também merecem destaque as suspensões com ótimo balanceamento entre conforto e segurança, sem a dureza de um VW, nem a moleza de um Fiat, além do câmbio de engates muito fáceis e precisos, uma embreagem leve, e uma direção hidráulica no "peso" certo.
Nos trechos de estrada (ida/volta), seu computador de bordo marcou respectivamente 13,1 e 15,1Km/l, sempre com gasolina. Como é um carro ainda não "amaciado", acho que pode até melhorar.
A posição de dirigir é excelente, os bancos confortáveis e o acesso fácil (carro alto), sem precisar daquela ginástica para entrar e sair de carros mais baixos.
O espaço interno é impressionante, bem como o do porta-malas.
O acabamento interno é simples, usa e abusa dos plásticos como todo carro na sua faixa de preço, mas tudo é muito bem encaixado, sem desníveis, sem rebarbas, e agradável ao toque e visão.
O alinhamento das partes da carroceria também é muito bom.
Os bancos em veludo (versão Privilège) com porta-revistas dão um toque de sofisticação.
Seu painel tem uma bonita iluminação noturna, e, mesmo de dia, os marcadores digitais temperatura e nível de combustível) do quadro de instrumentos são de fácil visualização.
Há também o já citado (e muito útil) computador de bordo.

Como "defeitos", posso citar apenas problemas de ergonomia e/ou falta de algumas praticidades.
Os botões de comando dos vidros elétricos traseiros estão em uma posição ruim (na parte mais atrás do console central), e o de ajuste da posição dos espelhos retrovisores elétricos (pequenos, na minha avaliação), sob a alavanca de freio de mão.
Ao se acionar o esguicho, os limpadores do para-brisas não entram em ação de forma automática, e também senti falta de um temporizador que permita a subida dos vidros por uns 30s depois do carro desligado.
Com o tempo, devo me acostumar com essas falhas, e, apesar delas, estou plenamente satisfeito com o carro, que, por um preço menor ou igual, me entregou um espaço bem maior que os concorrentes Siena, Corsa, e Fiesta, além da garantia de três anos.
Em equipamentos, eram equivalentes. Resumindo: o Logan é muito amplo, confortável, gostoso de dirigir, espaçoso, com um conjunto mecânico muito bom, e merece ser estudado como opção aos outros, oferecendo um excelente custo-benefício.
Em tempo: não chama a atenção pelo design, é diferentão, reconheço, mas não é este horror que pintam por aí. Suas qualidades superam em muito a pouca inspiração de seu desenho. Aprovei e recomendo.







Vendas de sedans pequenos - Novembro de 2008 - A crise continua


fonte: Fenabrave







Meus 10000 quilômetros de muita satisfação.

Primeiramente a opção, por que Logan?
Estávamos no nosso terceiro Classic, entendam, para nós, automóvel deve estar sempre relacionado a um bom resultado de custo x benefício, e neste caso, era a opção de automóvel que atendia à esta premissa, antes do Logan é claro, pois não associamos carro a ostentação, auto-afirmação ou status, mas sim, ter a solução correta para chegar à onde andamos, como andamos e transportando a nossa bagagem. Minha patroa e eu entendemos que o carro, aproximando aos três anos de uso, já esta na hora de trocar, pois acreditamos que não vale a pena ficar reparando carro em oficina ou parando na estrada por defeitos diversos, que é o quê acontece com os carros após três anos de uso (qualquer modelo). A partir deste conceito, efetuamos a busca pelo novo carro para a família, e neste caso, aumentando, minha esposa estava grávida do segundo filho e voltaríamos a ter problemas com o carrinho de bebê e todas as “bagulhadas” dos meninos, isto é, espaço, fator importantíssimo para a compra de um automóvel para a nossa família. E neste ponto, após teste drive, verificação bem detalhada em todos os concorrentes, o Logan foi imbatível, além de ter os três anos de garantia total, que é o tempo que costumamos ficar com cada modelo.


Os 10000 quilômetros conseguiram ser alcançados com muito espaço, conforto e muita comodidade, sem nenhuma visita para a oficina, ou problema que justificasse alguma reclamação adicional. E neste caso, vamos tentar esclarecer alguns pontos polêmicos sobre o nosso Logan:
Primeiramente os controles dos vidros, onde toda a imprensa especializada identifica que são posicionados de forma diferente e ergonomicamente errados, que acreditamos ser mera convenção, pois acostumamos com esta posição dos dianteiros logo abaixo do rádio e até achamos prático os controles dos vidros traseiros, pois fica mais interessante e simples assumir o controle dos vidros, principalmente para quem tem crianças no banco de trás.
Com relação ao acabamento, não podemos exigir de um automóvel de “entrada” da montadora algo diferente, principalmente se compararmos com os seus concorrentes, e neste caso, em muitos itens, soluções bem mais práticas, vide puxadores das portas, espaço da porta-objeto e porta luvas ou bancos.
Um ponto que não pode deixar de ser relacionado como polêmico, sem duvidas, é a aparência do Logan. Achamos no mínimo, diferente, uns adoram, outros odeiam, mas acreditamos que mesmo não sendo um primor de desenho, baseados nas curvas e tendências atuais, tem seus encantos.
Os problemas identificados nestes 10000 quilômetros foram mínimos, o famoso ruído das molas, que foi reclamação de uma grande parcela dos proprietários dos modelos 2007 e 2008, acompanharam o carro desde os 5000 quilômetros rodados. Muitas vezes irritante, porém, entendemos que não influenciava na segurança do veículo, pois todas as reações da suspensão e direção estavam perfeitas, evidenciando uma falta de ajuste adequado das molas ou calços de borracha das mesmas, causando os rangidos durante o trabalho da suspensão sem comprometer a dirigibilidade. Mesmo assim, a suspensão merece elogios, macia, a suspensão trabalha bem refletindo segurança e firmeza na rolagem, mesmo em alta velocidade. Na revisão, o chefe da oficina me contou que os ruídos eram provenientes da falta de um calço de borracha entre a mola e o prato de apoio, que segundo sua informação, durante a “nacionalização” docarro, este item foi removido para o barateamento do custo (coisas do Brasil), porém, devido aos ruídos gerados pela sua falta, foi necessário a instalação posterior, e passaram a fazer parte do conjunto nos modelos 2009.
O outro problema foi a entrada de poeira no interior do carro pela borracha das portas traseiras, pouca, porém, o suficiente para sujar o banco traseiro, que foi eficientemente resolvido por um ajuste da guarnição de borracha, que deixou as portas com muita pressão ao fechar.
Um ponto significativamente positivo é o consumo do nosso Logan 1.6 8V, que comparando com o Classic 1.0 VHC que tínhamos e usando como referência o nosso trajeto habitual, com gasolina, foi muito semelhante.
Concluindo, o espaço e conforto é que fazem a diferença neste modelo. Com um porta-malas generoso, inclusive com a abertura deste bem maior que a dos seus concorrentes, onde a entrada e saída das bagagens ficam bem facilitadas, aliada a um espaço interno e maciez da suspensão, consumo pequeno, fazem os proprietários do Logan, na sua quase totalidade, muito satisfeitos, comprovando a sua eleição como a melhor compra em 2008.